quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

ANTES SÓ QUE MAL ACOMPANHADO




Um trecho do livro "DO LIXO AO LUXO" do grande astro do hip hop 50 cent:


"Depois da Tracee, eu comecei a sair com a Tasha. Quem me apresentou a ela foi a Nicci, namorada do Ray-Ray, e ela foi minha primeira namorada de verdade. Ela morava na Avenida Rockaway. O lugar era perto da minha casa, daí não fiquei com receio de ser roubado ou de atirar em alguém. Mas também não era muito perto, então dava pra continuar dando idéia em outras garotas ao mesmo tempo. Eu ainda era novato no jogo das mulheres e sempre acabava dedicando mais dinheiro do que tempo aos relacionamentos. A gente saia de vez em quando, mas quase eu comprava roupas , sapatos, esse tipo de coisa pra ela. Pra mim era só importante que ela estivesse dísponivel quando eu precisasse de uma boceta. Mesmo que eu pulasse a cerca, era mais facil ter uma namorada do que ficar caçando garotas o tempo todo.


Uma noite Ray-Ray me ligou me chamando pra uma saída com todo mundo: a Tasha, a Nicci, ele e eu. Eu tava levantando um dinheiro no quarteirão , então disse que não ia.


- Você prefere ganhar grana em vez de sair com a namorada? - perguntopu Ray-Ray.

- Seu careta de merda - eu disse - Quer se apaixonar, se apaixona. Eu prefiro lucrar.


O fato é que Ray- Ray nunca me contou que tava falando no viva-voz, com a Tasha e a Nicci na sala. Eu só fiquei sabendo dessa parte meses depois. Mas como falei aquela merda impensada, a Tasha acabou indo pro cinema com o irmão mais novo do Brian, John. Tasha pensou que, já que eu escolhia a grana, era melhor ficar com um cara que escolhesse ela. E acabou dando pro John.


Ninguém me falou nada sobre essa merda durante vários meses. Eu ainda traía ela , comprava roupas, sapatos e outras paradas, enquanto Jonh comia a Tasha escondido. Isso durou até o Natal, quando eu comprei um casaco de lã dos mais caros pra ela e o Brian resolveu dar um jeito na situação. Ele não ficou sabendo do que tava acontecendo desde o início , mas quando soube, disse pro Jonh que esperar eu descobrir os lances sozinho só pioraria as coisas.


Jonh tava tão apavorado de confessar que, quando criou uma coragem, levouVerificar ortografia Brian junto. Ele disse que só tinha saído com a Tasha poucas vezes depois da noite que ela ficou sozinha , mas eu não liguei. Gostava da Tasha, mas não não tinha nenhum motivo especial pra continuar com ela. Não gostei da idéia de ter sido enganado, mas puta é sempre puta. Não tem jeito. Eu só falei pro Jonh pagar os 500 dólares que eu tinha gastado no casaco. Ele ficou surpreso, tipo "Só tenho que pagar 500 dólares?" Todo mundo achou que eu tinha pirado, mas eu não tinha. Só peguei minha grana e saí fora. Depois liguei pra Tasha e disse pra ela vir na casa da minha avó. Quando ela chegou arranquei o casaco dela e falei pra ela ir embora pra casa no frio. Eu não recuperaria toda a grana que tinha gastado, mas tinha certeza absoluta que não deixaria ela ficar de rolê com o casaco. Depois daquilo passei um tempo desencanado de mulheres. Elas não valiam a pena."


Nesse ponto me identifico e penso como ele.

A CULTURA DA ESTEREOTIPIA

Existe um programa que passa no canal pago da Net, o Multishow, chamado "Os Geeks e as Gostosas". "Geek" em inglês significa algo como nerd, ou c.d.f., traduzindo para o bom português. Bom deixando um pouco as traduções de lado vamos ao que interessa, que é sobre o que se trata o programa.
São provas ou testes ridículos pelos quais passam os integrantes dos programa, que são garotas bonitas no padrão norte-americano e rapazes considerados c.d.fs. também para o padrão americano. Como já disse e vou repetir novamente é ridículo. Estereotipia pura, desumanização, constrangimento. E o pior é querem exportar esse tipo de padrão para o Brasil (sem comentários).
Por que alguém precisa treinar uma cantada? Por que alguém precisa falar sobre assuntos idiotas (como novelas e BBB's da vida), quando é mais importante conversar sobre assuntos que afetam a nossa vida, como guerras, aquecimento global, racismo, crise econômica, ou então cultura (como música, cinema e literatura)?
Na minha opinião é muito mais interessante conversar com uma garota sobre a guerra do Iraque do que sobre mim. Falando sobre a Guerra no Iraque eu posso mostrar muito mais quem eu sou, que tipo valores eu tenho, em que eu acredito, enfim como é meu caráter.
Mas infelizmente para a maioria das pessoas é o contrário e continuamos a viver em uma espiral de ignorância, preconceitos e estereótipos que somente humilham e constrangem pessoas que poderiam viver livres sem amarras e aproveitar a vida.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

CRISE NA SEGURANÇA PÚBLICA DO RS - PARTE 3

No final do ano de 2007 ocorreu um caso de grande repercussão na Serra Gaúcha, onde o Gesseiro Valdir Garcia de Moura, de 41 anos, matou em legítima defesa um policial militar, que sem farda, junto com mais dois homens, tentava invadir sua residência. O motivo da tentativa de invasão foi um desentendimento que o Gesseiro teve com amigos do policial.
Na tentativa de invasão Valdir efetuou dois diparos que acabaram por atingir o pescoço do oficial da Brigada militar, matando-o. Após o acontecido, Moura abandonou o local. Logo após chegaram viaturas da Brigada Militar de Caxias do Sul, Flores da Cunha e Farroupilha numa demonstração desmedida de corporativismo, o que no caso era desnecessário pois tratava-se de um homicídio simples. Ou seja em outras palavras má emprego da máquina pública.
Logo, o que ocorreu na residência foi abuso de poder dos policiais que estavam lá, tortura e agressões para com um jovem de 16 anos e seus quatro amigos. Destaque-se o jovem de 16 anos foi empalado com um cabo de vassoura, ou seja teve ele introduzido em seu ânus.
Várias questões devem ser levadas em conta com esse relato:
1º Ocorreu uma tentativa de invasão a residência do gesseiro Valdir Garcia de Moura;
2º Quem tentava a invasão era um policial militar sem farda e mais dois homens;
3º Moura agiu em legítima defesa diante da iminente situação de invasão em sua residência;
4º Moura se entregou para a justiça e foi preso, mesmo tendo agido em legítima defesa.
Com base em tudo isso que eu relatei até agora vários pontos ficam claros: o gesseiro é inocente, pois agiu em legítima defesa; os jovens são vítimas de tortura por parte da brigada militar; e a brigada militar são os criminosos da situação seja através do policial sem farda que tentou invadir a casa do gesseiro, ou através da tortura praticada por seus policiais contra o jovem de 16 anos.
E o mais revoltante de tudo isso é que a maioria dos PM's foi inocentada está apta a voltar às ruas, ou seja em outras palavras torturadores estão nas ruas. E o gesseiro Valdir foi preso e provavelmente será condenado. Em outras palavras, os direitos humanos e a constituição foram lesados.
Agora vai uma lista dos policiais envolvidos no caso, tire uma cópia para você saber quem anda fazendo sua segurança:

- Capitão Gerson Luiz Pereira de Souza e Silva: absolvido no conselho, responde a processo na Justiça.
- Capitão Juliano André Amaral: considerado apto para permanecer na corporação, responde a processo na Justiça.
- Sargento Cirlon Manzoni Lemes: inicialmente considerado incapaz de permanecer na corporação, conseguiu reverter a decisão. Ele responde a processo na Justiça.
- Sargento José Tarcísio Mossate Rocha: absolvido no Conselho de Justificação, aguarda definição de processo na Justiça.
- Sargento Luiz Carlos de Mattos: considerado apto a permanecer na corporação. Responde a processo na Justiça.
- Sargento Paulo José Aguirre: absolvido no Conselho de Justificação.
- Sargento Paulo César do Nascimento: absolvido no conselho.
- Soldado Ademir Dornelles Severo: absolvido no Conselho de Justificação, aguarda definição de processo na Justiça.
- Soldado André da Silva: absolvido no conselho.
- Soldado Cristiano Sabany Pereira: considerado apto a permanecer na corporação.
- Soldado Derli Parode Barroso Júnior: considerado apto a permanecer na corporação. Responde a processo na Justiça.
- Soldado Édison Hidelbrando Ribas dos Santos: considerado apto a permanecer na corporação. Responde a processo na Justiça.
- Soldado Enéias Gonçalves Falcão: considerado apto a permanecer na corporação por meio de recurso. Responde a processo na Justiça.
- Soldado Jéferson dos Santos Silveira: considerado apto a permanecer na corporação, mas ainda responde processo na Justiça.
- Soldado José Oscar Bier: indiciado pela Polícia Civil, mas não foi responsabilizado pelo Ministério Público ou pela BM.
- Soldado Maiquel Augusto Celso: pediu desligamento da BM e responde a processo na Justiça.
- Soldado Paulo Joás Pires: considerado apto a permanecer na corporação. Responde a processo na Justiça.
- Soldado Roberto Carlos Izolan Coletto: considerado apto a permanecer na corporação. Responde a processo na Justiça.
- Soldado Valério Zórzi: considerado apto a permanecer na corporação. Responde a processo na Justiça.
- Soldado Wladinir Vieira: considerado apto a permanecer na corporação. Responde a processo na Justiça.

OS CULPADOS PELA CRISE FINANCEIRA

Conforme relatório do Centro de Inteligência do Dr. Charles Kieling, aí vai uma lista extensa dos culpados pela crise financeira mundial. Divirtam-se.
"De acordo com a revista Time, 25 empresários, economistas e políticos levaram a economia mundial às turbulências atuais. Entre os considerados responsáveis está Angelo Mozilo, ex-diretor e fundador da Countrywide (maior financiadora imobiliária dos Estados Unidos). Segundo a Time, a empresa não foi a primeira a fazer "financiamentos exóticos com habilidade questionável", mas o fez. Mozilo é acusado de empurrar crédito para quem não poderia pagar, enquanto isso recebia um salário anual de US$ 470 milhões.
Presidente do Comitê de Bancos do Senado entre 1995 e 2000, Phil Gramm isentou o credit-default swaps (CDS, espécie de seguro para crédito derisco) de regulação. E foi exatamente o CDS que levou o AIG à quebra.
Ex-presidente do Federal Reserve (FED, banco central americano) Alan Greenspan foi colocado na lista da Time por seu "desprezo" pela regulação de mercado, considerada hoje uma das principais causas da crise. Em outubro de 2008, durante uma audiência no Congresso, Greenspan admitiu que "cometeu um erro ao presumir" que os mercados financeiros poderiam regular a si próprios.
Christopher Cox, ex-chefe do Securities and Exchange Commission (SEC), é culpado por nunca ter percebido ou agido nas acusações contra o investidor Bernard Madoff, que realizou fraude de US$ 50 bilhões com vítimas em todo o mundo. Além disso, é acusado de não ter regulado instituições para tentar impedir o colapso.
Também há uma parcela de culpa nos consumidores americanos pela crise. Segundo a publicação, os empréstimos e gastos excessivos foram alguns dos principais responsáveis pela situação econômica atual.
Secretário do Tesouro dos EUA de 2006 até o fim do governo de George W. Bush, Henry Paulson é um dos responsáveis citados por ter demorado para agir em meio aos primeiros sinais de crise, por permitir a falência do Lehman Brothers e por causa do pacote de US$ 750 bilhões, que foi uma "grande bagunça".
John Cassano é um dos fundadores da unidade de produtos financeiros da AIG e administrou o grupo até o início de 2008 - pouco antes de a empresa pedir ajuda do governo para não falir. Por esse motivo, ele é citado como um dos responsáveis pela crise. Até hoje, o governo americano já investiu US$ 150 bilhões para evitar a quebra da empresa.
Ian McCarthy, CEO da imobiliária Beazer Homes, é acusado de usar táticas agressivas para vendas e inclusive mentir sobre as qualificações de consumidores para ajudá-los a conseguir empréstimos, tendo participado ativamente do que iniciou a crise. Presidente da Fannie Mae até 2004, Franklin Raines deixou a companhia em meio a um escândalo administrativo e o início dos grandes investimentos em subprime.
As agências de classificação de riscos, que deram notas máximas "em grandes proporções" e até a companhias de risco, também são citadas pela Time. Kathleen Corbet, que comandou a Standard & Poor's foi considerada uma das culpadas pela crise. Conhecido como o "gorila de Wall Street", Dick Fuld direcionou o Lehman Brothers diretamente ao subprime. "Por sua incompetência", Fuld foi selecionado para a lista.
Herb e Marion Sandler foram os primeiros a oferecer empréstimos imobiliários "perigosos", por meio do World Savings Bank. O Goldman Sachs estima que cerca de metade dos dois milhões de consumidores que possuem esse tipo de financiamento não vão conseguir pagar o valor total.
A administração do ex-presidente americano Bill Clinton foi caracterizada por prosperidade econômica e por desregular o mercado financeiro, que podem ter influenciado os excessos das empresas dos últimos anos.
Também é listado como um dos responsáveis o ex-presidente George W. Bush, também acusado de não incentivar a regulação do mercado. Mas Bush também foi colocado na lista pelo simples fato de a crise ter desencadeado durante sua administração.
O CEO do Merrill Lynch até 2007, Stan O'Neal, foi responsável por transformar o negócio da empresa, mas apoiando-se em subprime e empréstimos.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, também é relacionado na lista da Time. O motivo é a China ser a principal credora dos Estados Unidos. Segundo a revista, o crédito baixo é o grande causador da crise.
David Lereah era o economista-chefe da associação americana de corretores quando disse que o mercado imobiliário iria crescer por muito tempo. Por esse motivo, ele foi considerado um dos culpados pela crise.
Os fundos de investimentos do tipo hedge funds são responsáveis pela má administração de empréstimos por comprarem crédito hipotecário. John Devaney tornou rentáveis empresas de crédito por fazer empréstimos questionáveis.
O americano Bernard Madoff é acusado de uma fraude de US$ 50 bilhões a investidores, tornando-se o maior fraudador de todos os tempos dos Estados Unidos. Seu golpe foi descoberto em meio à crise, quando seus clientes tentaram resgatar seus investimentos.
Considerado o pai do sistema de crédito hipotecário, Lew Ranieri também está na lista da publicação. Foi quando consumidores pararam de pagar seus empréstimos deste tipo que os bancos de investimentos entraram na crise.
Burton Jablin criou programas de TV que ajudaram a inflar a bolha do mercado imobiliário americano, ao ensinar os espectadores a valorizar suas casas ao máximo.
Segundo a revista, economistas consideram Fred Goodwin, ex-chefe do Royal Bank of Scotland (RBS), "o pior banqueiro do mundo". Sua "ganância" fez o banco adquirir outras 20 instituições. O pior, segundo a Time, foi ele não ter parado aí e liderou a compra do ABN Amro por US$ 100 bilhões,prejudicando as reservas do RBS.
Sandy Weill, dono do Citigroup, está na lista pelas aquisições do Smith Barney e Travelers. Segundo a revista, bancos muito grandes são os piores problemas econômicos dos Estados Unidos. Cada instituição financeira parece muito grande para falir, levando o governo a gastar bilhões de dólares para evitar quebras.
David Oddsson foi primeiro-ministro da Islândia e, depois, presidente do banco central, levando o país a uma nova era de mercados livres e privatizando três dos principais bancos. As instituições financeiras não resistiram a crise e lutam para não quebrar.
A má administração do Bear Stearns levou Jimmy Cayne a integrar a lista. Segundo a publicação, Cayne tinha finais de semana prolongados para jogar golfe, saía da cidade para torneios esportivos e é acusado de fumar maconha (o que nega)."

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

COM CARAS ASSIM, O RAP BRASILEIRO VAI LONGE

Presta atenção:

"O argumento mais usado entre vários dos nossos é que o sistema cerca, não dá liberdade. Várias pessoas não sabem conviver com liberdade. Liberdade é responsabilidade, é você fazer a sua sem zoar o do outro. Se você pegar esses caras que tão aí combatendo o sistema, eles não vão saber te explicar quem é o sistema. “Porque nóiz não é favela? Nóiz não é a rua? Se os caras tão quebrando as nossas pernas vamo lá atrás dos caras então, resolver essa parada”. Mas não é assim. Tem vários sistemas, vários tipos de sistema, as pessoas são um sistema.
Se você não concorda com alguma coisa, você não devia fazer, você sempre tem outra opção. Eu posso fazer rap ou posso não fazer nada, ficar esperando minhas contas acumularem e morrer de fome, minha outra opção era essa. Eu acredito nisso, acho que o grande problema é que o foco no rap é pequeno, dos próprios caras do rap. As pessoas se acostumaram a fazer rap por hobby e reclamar, falar mal da Ivete Sangalo, que nem sabe quem é a gente…ou sabe, mas ela ta lá fazendo a dela e você tem que fazer a sua, sua barriga ta roncando e a dela não.
Enquanto você der 20% da sua vida pro rap, o rap vai dar 20% de atenção pra você, talvez ainda. Eu acredito nos caras que vivem isso 100%. Mas os caras que vão numa festa, gravam um cd mais ou menos, fazem “o que deu”. Não é pra fazer “o que deu”, é pra fazer o que tem que ser feito. Você fazer o que você pôde, o que estava ao seu alcance, não vai ajudar em nada. Se não está ao alcance da sua mão, levanta e vai até lá, faz das tripas coração. Isso tem que ser tão importante quanto comer, as pessoas tinham que se alimentar disso. Se você está com fome, você levanta e vai procurar o que comer, não é? Devia ser igual com tudo, se você precisa resolver sua vida, você tem que correr atrás."

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O MAL QUE NUNCA CESSA

Fui ao cinema, neste último domingo, assistir à Sexta-Feira 13. Ótimo remake, com diálogos bons, bem colocados, um filme mais sério, mais bem feito, com mais lógica do que os outros episódios de série; dirigido por Marcus Nispel e produzido por Michael Bay, a mesma dupla responsável por outro grande remake, O Massacre da Serra Elétrica. Aliás espero que eles continuem fazendo remakes de filmes de terror do passado, como Halloween, pois eles levam jeito pra coisa.
Bom, mudando de assunto, vamos falar sobre a personagem principal, Jason e o sentimento que esse tipo de filme desperta no telespectador, pelo menos em mim. Antes de mais nada, Jason é um signo, ou em um linguajar mais coloquial, um símbolo. O símbolo de toda a maldade, uma maldade que nunca cessa, que não morre, que não termina. Enfim, ele representa tudo aquilo de perverso que persegue o homem desde seu surgimento.
O sentimento que me acompanha ao assistir à esse tipo de filme é duplo pois vai do prazer à insatisfação em questão de 90 minutos. Alguém deve achar estranho sentir prazer com toda aquela carnificina, mas o prazer está em ver Jason (o mal encarnado) ser punido, morto ou destruído. Enfim, pagando pelos seus crimes.
Assistir à Sexta-Feira 13 é lidar com os meus medos, com as minhas frustrações e para o público em geral também, por isso fascina e atrai tanto.
Ou também torcer para as outras personagens consigam escapar com vida do maníaco de máscara de hóquei. E isso não acontece, o que acaba por me causar um sentimento de frustração. É como transpor para a realidade e ver criminosos, sociopatas saírem impunes depois de crimes horrendos.
Nunca gostei muito da série Sexta-Feira 13 (aqueles massacres que satisfaziam desejos de pessoas sádicas), apesar de assistí-la; e assisti à esse remake, por ter um significado especial para mim. Revanche. Fui assistir, pensando que seria diferente, que o bem venceria o mal. Mas me decepcionei um pouco. Uma pena, é o único defeito do filme.
Voltando à realidade prefiro acreditar, como diz naquela música do Marcelo D2, que: "...andam dizendo que o bem vence o mal, por aqui vou torcendo pra chegar no final...".

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

UM TEMA DELICADO

Não fácil falar sobre suicídio. Ainda mais se for escrever um livro sobre o tema em questão. Pois foi o que fez a jornalista Paula Fontenelle. SUICÍDIO - O FUTURO INTERROMPIDO - Guia para sobreviventes, Geração Editorial, 256 páginas, preço R$ 34,90 é um livro reportagem onde Paula mostra as várias faces do suicídio, desde seus dramas pessoais, através do suicídio do seu pai e a morte de seu irmão por causa das drogas, até o drama de outras pessoas, passando pelos índices de suicídio mundo afora, as causas que levam a esse mal, o que podemos fazer para evitar, como reconhecer um suicídio e como a mídia deve publicar um caso.
Trata-se de uma grande obra que merece destaque pois aborda um tema pouco discutido em nossa sociedade e que ceifa um número significativo de vidas todos os anos.
O que me chamou atenção foram dois aspectos: primeiro a dificuldade de lidar com as pressões de uma sociedade cada vez mais baseada na aparência e no ter, que os suicidas apresentam. Muitos irão se perguntar: mas por que esse aspecto? Por que como disse uma entrevistada de Paula ao longo do livro, "fico com medo com o que irá acontecer com as gerações futuras". E é de se preocupar mesmo, pois o modelo de aparências cada vez mais faz parte da sociedade brasileira e não há políticas públicas voltadas para o problema do suicídio.
Em segundo lugar, está a questão guia para sobreviventes, seja aqueles que sobreviveram a um suicídio ou aqueles que tiveram um parente que se matou. Eu me encaixo no segundo caso, pois meu foi matando-se lentamente, tinha problemas no coração, praticava esportes (o que não poderia), fumava, e vivia uma rotina de estresse. Morreu com 42 anos e deixou um vazio em mim.
Assim como Paula pensei que seguiria o caminho dele, em seguir o caminho dele, mas optei pela vida, seja por coisas materiais que me mantêm alegre e com interesse em viver e pela possibilidade de algum dia ter uma família, ter uma esposa e ter filhos.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Problemas de Qualidade

Tenho enfrentado, sempre que compro bonés Flexfit e New Era, problemas de qualidade em virtude do Botão. Localizado no topo do boné, essas duas marcas costumam fazê-lo com a estrutura de ferro.
O que acontece? Seja com a ação do tempo ou lavando, já que o boné encontra-se sujo e é necessário limpá-lo com água em abundância, ocorre enferrujamento da sua estrutura e como é sabido pela grande maioria, a ferrugem alastra-se e corrói o tecido e qualquer outro material.
Para remediar isso requer que se use um ácido anti-ferrugem, mas que deixa sequelas, como manchas no tecido.
O ideal seria as marcas citadas acima que fazerem a estrutura do botão em alumínio ou plástico, enfim materiais mais baratos e que não enferrujam. Caso contrário o jeito é não comprar mais bonés dessas marcas, em outras palavras realizar um boicote.

Ataque Barbáro

Alguma atitude é o mínimo que se pode esperar do governo brasileiro no caso da advogada atacada por skinheads nazistas na Suíça. Não se trata de um simples caso de agressão, mas de um duplo homicídio, já que ela perdeu os dois bebes que estavam em sua barriga. O ministro das relações exteriores deve ir imediatamente até a Suíça exigir que o governo de lá tome providências para esclarecer esse triste episódio.
O que chama a atenção é a falta de interesse aparente com que as autoridades Suíças estão se empenhando no caso. Em outras palavras trata-se de descaso notório com um crime bárbaro. É como se eles estivessem agindo sob a ideologia do partido de extrema direita S.V.P. que os skinheads gravaram as iniciais com golpes de estiletes no corpo da advogada brasileira.
Caso isso não ocorra (o que aparenta ser) o Brasil pode recorrer a cortar relações diplomáticas com o país em questão chamando o embaixador brasileiro de Zurique e expulsando o embaixador suíço do Brasil.
Mesmo assim seria pouco, pois os agressores continuariam soltos e impunes, o que é inadmissível. Em um arroubo de sentimentalismo de minha parte para com a advogada, o que dá vontade de fazer é caçar esses animais e esfolá-los vivos para que outros aprendam que tolerância não é uma opção.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

CRISE NA SEGURANÇA PÚBLICA DO RS - PARTE 2

Nossa triste saga continua e agora os alvos são os dados sobre a violência no RS. Trata-se de um bem público que é negligenciado por nossos governantes, que acahm-se donos das estatísticas referentes ao crime no nosso estado. Resquício de uma cultura de ditadura, que ainda paira pelo Brasil todo. De acordo com o informativo do Centro de Inteligência, do Dr. Charles Kieling:

"Sem dados não é possível planejar políticas públicas adequadas e muito menos avaliá-las para saber se elas foram eficientes ou não."

"No entanto, as informações existentes, com todos seus problemas, nem sempre são disponibilizadas para a opinião pública ou para os especialistas em todas as Unidades da Federação. Muitos governos tendem a difundir apenas alguns dados, temerosos de que uma divulgação mais ampla possa se transformar em maior cobrança da sociedade ou dos meios de comunicação. Essa visão está ancorada na idéia de que a informação é patrimônio do governo ou do Estado, que pode dispor dela de acordo com seus desejos. Na verdade, numa sociedade democrática, na qual os governos estão submetidos ao controle dos cidadãos, toda informação de relevância é, por definição, pública."

CRISE NA SEGURANÇA PÚBLICA DO RS

De acordo com um levantamento realizado pelo Centro de Inteligência, criado pelo Dr. Charles Kieling, cientista social, com o intuito de mapear a questão da violência no RS, a crise na segurança pública gaúcha é algo preocupante para dizer o mínimo. Recursos de logística mal-aplicados, equipamentos sucateados, salários dos servidores abaixo da média nacional.

"As vulnerabilidades destacam que a pasta de Secretário de Segurança Pública do RS se transformou num habitat de insegurança, descontrole e profunda crise de gestão, com reflexos diretos na sociedade que: vivencia e sofre com a insegurança; o descontrole administrativo permite investimentos de iniciativas privadas, transformando o conceito de serviço público das polícias, pois a população percebe uma privatização dos serviços de segurança, gerando, pari passu, desconfiança nos trabalhos e para quem, de fato, se destina; e, a crise de gestão está abrindo o precedente das comunidades no RS assumirem a justiça pelas próprias mãos e contratarem milícias para garantir a segurança.
O fato de, na semana passada (fato ocorrido em 2008), um indivíduo alvejar dois criminosos durante um assalto a um táxi-lotação em Porto Alegre, com três disparos certeiros e mortais, chutando os dois corpos para a via pública e fazendo com que o táxi-lotação seguisse seu trajeto normalmente (sendo aplaudido pelos passageiros), dão a situação da insegurança e da ação de indivíduos armados."
O que se salva nessa estória toda é o preparo dos servidores públicos que está entre os melhores do país apesar de tudo. Contudo por problema de logística (vide serviço de inteligência) e gerenciamento de informações, muitos policiais tem perecido na guerrra contra o crime.

"Em 2007 ocorreu um aumento de 34% de policiais que foram mortos pela ação de criminosos. Os fatores dessas mortes estão diretamente relacionados a desatenção da SSP com seus profissionais. Policiais são mortos por absoluta falta de trabalhos preventivos. Não são desenvolvidas operações, ações ou trabalho que previnam a chegada de armamento e munição nas mãos de criminosos. O empenho e a qualidade técnica dos servidores de segurança do RS estão entre os melhores no Brasil e não se pode perder servidores de tal forma. A SSP deve preservar a integridade de seus próprios servidores e desenvolver operações preventivas para evitar que armamento e munição cheguem às mãos de criminosos. Um trabalho preventivo nesse sentido atenderá servidores e comunidade."

"As operações permanentes devem ser repensadas, pois não estão dando os resultados desejados; são dispendiosas, sem clareza da eficácia e de seus resultados. Quanto a efetividade, afirmam que ocorre migração do crime diante das operações pontuais. Porém, isso é mera especulação, pois não se tem nada de concreto e nem formas metodológicas adequadas para avaliar as situações. É a primeira vez na história da segurança pública gaúcha que a administração de uma secretaria atinge profunda crise institucional. A SSP perdeu sua autonomia econômica e de gestão, sua soberania em decidir os rumos dos trabalhos e sua autoridade diante dos grupos internos e dos investimentos privados."
Na questão do trânsito, o panorama se repete.

"Apesar de possuir tecnologia suficiente para desempenhar os trabalhos, a SSP não aplica fórmulas simples para coibir a imprudência no trânsito, como foi o caso de um motorista na serra que tinha mais de 80 pontos em sua habilitação. Todos esses pontos estavam registrados no sistema da SSP, porém, foi numa abordagem que encontraram tal situação. O simples gerenciamento dos dados poderia evitar que tal motorista passasse, por exemplo, dos 30 pontos, tendo sua habilitação apreendida."
E por fim o Centro de Inteligência lista19 pontos de instabilidade na segurança gaúcha:

1 - Aumento desmedido da violência e da criminalidade;
2 - Homicídios em ascensão;
3 - Crime organizado de outros estados operando no RS;
4 - Desconhecem a operação de Máfias no RS;
5 - A SSP não está apresentando resultados satisfatórios contra o crime organizado;
6 - Aumento do número de crianças envolvidas com o narcotráfico e com a prostituição;
7 - As operações (blitz) não surtiram efeito contra a criminalidade e a violência;
8 - Constante fuga de prisioneiros: perigosos ou pertencentes a organizações criminosas;
9 - Não possui planejamento adequado para combater a criminalidade;
10 - Não possui mapeamento do modus operandi da criminalidade;
11 - Não possui adequado acompanhamento da saúde mental dos servidores;
12 - Descontrole da relação custo e benefício das ações/operações realizadas;
13 - Os dados apresentados pela SSP-RS são divergentes;
14 - Conflitos organizacionais de grupos de poder que articulam interesses divergentes na estrutura da SSP;
15 - Não possuem mapeamento dos jovens em situação de convívio hostil;
16 - Alguns poucos servidores envolvidos com a criminalidade, descaminhos e abuso de autoridade;
17 - Improvável melhoria salarial dos servidores;
18 - Somente uma proposta de ação, apenas moralista – Lei Seca;
19 - Transferência dos trabalhos preventivos para a Secretaria Estadual de Saúde.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Anota mais um grenalzinho aí, por favor

Mais uma vez o pessoal da Azenha achou que ia se dar bem, e acabaram quebrando a cara... aí embaixo os MELHORES MOMENTOS da MÁQUINA VERMELHA.... HEHEHEHE

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

QUANDO ELA VAI TOMAR JEITO



A reportagem de capa da revista Veja dessa semana pode ser chamada de jornalismo constrangedor, mas o certo mesmo seria chamar de canalha ou calhorda. Trata-se do caso da acusação de estupro que está sofrendo o craque Robinho, jogador do Manchester City, da Inglaterra.



Já na Capa os indícios da suposta imaturidade que a matéria, tenta comprovar, mesmo sem muito sucesso: Uma foto de Robinho, chupando o polegar (forma como ele costuma comemorar os seus gols, nada de mal nisso), mas usada pela revista como forma de ilustrar uma infantilidade ou imaturidade por parte do jogador.



Isso é potencializado por que ela vem acompanhada de afirmações do tipo: "A síndrome de Peter Pan dos milionários de calção...". E principalmente por causa do título: "Por que eles nunca crescem?"



A matéria pelo aparenta foi feita com consentimento de Robinho. Mal sabia ele que seria esculaxado dessa forma. O que causa estranheza é que a própria revista leva em consideração que o lugar onde teria ocorrido o fato tem péssima fama e que a garota supostamente agredida sexualmente também.



"Segundo: o lugar onde tudo ocorreu tem uma fama péssima. VEJA ouviu frequentadores de diversos bares e clubes de Leeds e todos são unânimes: o The Space é reduto de "party girls" (garotas festeiras na tradução literal, mas que sugere meninas vulgares). Das pessoas ouvidas pela reportagem, nenhuma conhece a suposta vítima do jogador, mas todas relataram um boato desfavorável a ela: depois de ter feito sexo com Robinho, teria sido aconselhada por uma amiga a vender a história a um tablóide sensacionalista, que a teria recusado."


O parágrafo acima destoa dos seguintes, incrivelmente.


"Muitos deles não têm preparo emocional nem cultural para lidar com o mundo do dinheiro, sucesso e fama ao qual são apresentados quando vão viver na Europa. O problema origina-se, em geral, numa infância pobre tanto em termos materiais quanto de valores. Segundo a psicóloga Suzy Fleury, que já trabalhou com os atletas da seleção brasileira, muitos dos garotos que vão tentar a sorte nas categorias de base dos clubes contam com estruturas familiares frágeis. E os que se destacam logo deixam os estudos de lado. A família e a educação são fundamentais para formar a personalidade e a visão de mundo de qualquer pessoa. Quando há falhas nessas duas áreas, o resultado é um adulto despreparado para lidar, entre outras coisas, com a vertiginosa ascensão financeira e social que os jogadores de futebol experimentam no início da vida adulta."


No parágrafo acima o que vemos é a revista com a ajuda chamando a maioria dos jogadores de futebol de burros (tanto racional, quanto emocionalmente), despreparados e incompetentes.


No parágrafo abaixo o que ocorre é um constrangimento do atleta em virtude do seu passado pobre. Acompanhe conosco.



"Ele nasceu em 1984, no município de São Vicente, no litoral de São Paulo. A família era paupérrima. O pai Gilvam, trabalhava na manutenção de tubulações de esgoto e costumava exagerar na bebida. A mãe, Marina, era faxineira. O dois sempre tiveram uma vida conjugal acidentada. Hoje, embora sigam casados, ele mora no Guarujá, em São Paulo e ela passa a maior parte do tempo em Salvador, na Bahia."



Pergunta-se: E daí? O que a vida íntima de seus pais e seu passado tem a ver com o que ocorreu no clube, na Inglaterra? E não bastasse isso logo após afirmam algo que sequer eles podem provar no momento.



"Com o mundo a seus pés, Robinho pôs em risco sua reputação na busca por alguns segundos de satisfação com uma desconhecida no banheiro de um inferninho inglês."



Mas que abuso... como eles sabem que foi no banheiro? Ora faça-me o favor, vá fazer jornalismo ruim assim lá na Inglaterra. Nem os piores tablóides Britânicos conseguem tal façanha...



Síndrome de Peter Pan, por favor isso não passa de um interpretaço, criado por algum ex-pupilo de Freud que queria se sobressair ao mestre. Isso não existe, trata-se de uma teoria sem fundamento. É como dizer que alguém não pode se vestir com tais roupas pois não combinam com a idade. Isso é ridículo!!! Cada um se veste como se sente bem.



No caso de Robinho ele deu (o que parece até o momento) uma "escapulida" do casamento, como a maioria dos homens fazem e até onde eu sei não tem nada de mais. Por que esculaxarem ele dessa forma? Parece até que ele é um monstro? Se fosse branco aposto que não fariam isso. Quantos outros não fazem coisa pior...



Desse jeito que dá mau exemplo é a revista VEJA, praticando jornalismo de quinta categoria. Expondo detalhes privados que não interessam ao público, ofendendo e magoando pessoas, constrangendo famílias. Isso é vergonhoso.



P.S.: Quanto às farras de outros jogadores como o Adriano da Inter, se eu tivesse no lugar dele faria o mesmo. Passar bem.